Filósofo dos Quatro Elementos
20 de dezembro de 2022O Misticismo Matemático de Pitágoras, por mais influente que possa ter sido, não teve uma recepção muito calorosa no ativo mundo da filosofia grega antiga. A maior parte dos pensadores da época argumentava que, por trás do mundo que vivenciamos, deveria haver uma única fonte que teria dado origem a todo o restante – e quase todos afirmavam que tinha de ser uma substância material.
Tales de Mileto, o primeiro filósofo grego, dizia que essa fonte era a água; Heráclito acha que era o fogo; e outros tinham opiniões diferentes.
Empédocles (495 – 432 aec), o homem que combinaria essas crenças em uma síntese duradoura, nasceu na cidade de Akragas, na Sicília, então uma colônia grega. Ele participou ativamente da confusa política de sua cidade natal ,foi exilado para a Grécia e supostamente cometeu suicídio jogando-se na cratera do Vesúvio.
Em algum momento de sua vida agitada, encontrou tempo para escrever dois longos poemas: Purificações, no qual fala de religião, e Sobre a Natureza, a primeira exposição acerca da teoria dos quatro elementos. Para Empédocles, a absoluta diversidade do mundo mostrava que não poderia haver uma única fonte para tudo. Em vez disso, argumentou, quatro substâncias básicas – fogo, ar, água e terra – formavam todas as coisas, combinando-se e separando-se. Empédocles estava no caminho certo; quando os cientistas hoje descrevem o mundo como feito de sólidos, líquidos, gases e energia, eles estão usando a classificação de Empédocles sob outra nomenclatura.
Foi nas emergentes tradições do ocultismo ocidental que a teoria de Empédocles encontrou um lar duradouro. O hábito de dividir o mundo nas categorias ígneas, aéreas, líquidas e terrestres mostrou-se tão útil para magos, adivinhos e outros ocultistas, que os quatro elementos se tornaram, de longe, o mais influente conjunto de símbolos na teoria e na prática do ocultismo.
Excerto do livro Grimório Oculto